À espera de chuva, produtores catuipanos amargam prejuízos

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A estiagem que atinge o Rio Grande do Sul está provocando grandes perdas na safra de diferentes culturas de verão. Segundo dados levantados pelo COMEA – Comissão Municipal de Estatística e Agropecuária – composta por entidades e técnicos ligados ao setor agropecuário do município de Catuípe, na safra passada foram plantadas e colhidas 34.500 mil hectares de soja, com uma média de produtividade de 55 sacas por hectare.

A situação para esta safra é bem diferente. A projeção inicial era de 60 sacas por hectare, porém, a média ontem, 11 de março, estava em apenas 30 sacas por hectare, situação que poderá se agravar caso persistirem as condições climáticas, conforme informaram os técnicos da Emater/Ascar-RS Carlos Dalla Corte e Cleriston Marchesan. “Devido às condições climáticas de deficiência hídrica e altas temperaturas, as perdas são diárias. Por isso a Emater faz esse levantamento toda a semana com as empresas, com os agricultores, e vai fazendo uma projeção e atualização dos dados” disse.

Segundo Dalla Corte em torno de 10% da área do município semeada em outubro foram colhidas, “segundo relato dos produtores a produtividade variou de 15 a 40 sacas hectares, sendo que na maioria das propriedades está em 20/25hectares. Existe uma grande expectativa por parte dos agricultores com relação a soja semeada em novembro, que corresponde a aproximadamente 80% da área total do município. A mesma encontra-se na fase de maturação, e está ocorrendo uma antecipação de ciclo (10 a 12 dias), numa fase crucial que seria o enchimento de grãos, ou seja, os grãos não irão ter peso. Serão grãos menores, e com baixo peso”.

As altas temperaturas e o baixo volume de chuvas fizeram com a situação chegasse a esse ponto. “Ocorreu muita variabilidade de chuva dentro do município, em algumas regiões o total de chuva ficou abaixo de 200 mm desde que iniciou o ciclo da soja lá em novembro do ano passado, sendo que o normal seria acima de 700mm para que a cultura pudesse finalizar seu ciclo e obtivesse o máximo potencial produtivo” disse o técnico.

Outro problema além da soja, são as outras culturas, como milho silagem que já teve perda de 47% da produção e qualidade do milho primeira safra, e o milho safrinha, que projeta ter perdas maiores ainda. “Os produtores já estão com estoque baixo de silagem, então a perspectiva é triste em relação a implantação das pastagens de inverno, já que os institutos de meteorologia não tem previsão de chuva” destacou.

Mesmo com todos estes problemas, Dalla Corte destaca o empenho dos agricultores. “Nós temos que parabenizar os agricultores. A tecnologia aplicada por eles foi muito boa, eles fizeram um alto investimento em tecnologia. Infelizmente esta estiagem trará consequências para toda a sociedade, dinheiro que vai deixar de circular, vai impactar toda a nossa comunidade”.

O Secretário Municipal de Agricultura, Ricardo Benetti, diz que já há reflexos na produção leiteira. “Na comparação de janeiro e fevereiro de 2019, com janeiro e fevereiro de 2020 teve uma grande diminuição na produção de leite no município, e isso é em decorrência desta forte estiagem” disse.

Os níveis de córregos, açudes e até mesmo poços artesianos estão baixos. Os produtores de peixes também enfrentam problemas, conforme contou o Benetti. “Os açudes estão com os níveis baixos, vários produtores estão retirando os peixes antes que a falta de água, oxigênio, aliado ao calor, ocasione a morte dos peixes” disse. A Prefeitura Municipal de Catuípe, através da Secretaria Municipal de Obras está trabalhando diariamente no interior. “Estamos fazendo bebedouros para os animais, auxiliando os produtores, em todas as localidades do município, sendo as mais afetadas, Ilha grande e Santa Teresa” disse.

O Rio Grande do Sul tem mais de 130 municípios em situação de emergência em razão da estiagem e a tendência é que o número siga aumentando. Amanhã à tarde, o Prefeito Municipal de Catuípe Joelson Antônio Baroni, tem uma reunião agendada com o Coordenador Regional da Defesa Civil Tenente José Ricardo Correa juntamente com sindicatos e demais entidades ligadas ao agronegócio local, onde será avaliada a situação da estiagem no município.

Fotos: Propriedades em Catuípe/Emater/Ascar-RS

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